Jovem mudou de vida pela avó com Alzheimer

Achei muito interessante esta história e resolvi partilhar, serve de exemplo e inspiração para muitas pessoas. Quando pensamos que a juventude está perdida, vemos uma pequena luz ao fundo do túnel e descobrimos que é possível mudar o rumo da humanidade e para melhor.

Fernando com Bóris, o cachorro de pelúcia que a avó acreditava ser de
verdade nos últimos meses da doença

Com 22 anos, Fernando Aguzzoli, de Porto Alegre, abriu mão da vida que qualquer jovem dessa idade leva para fazer a avó passar mais cheia de vida, mesmo com Alzheimer, os últimos meses antes de morrer.

Desde pequeno, Fernando ouvia uma máxima da avó: "uma vida não é medida por coisas boas ou ruins, mas por quantas pessoas tu atinges e quantas multiplicam tuas atitudes". A lição, quase sempre em tom de repreensão ao menino, tornou-se prelúdio daquilo em que se transformaria a vida dele. E a dela também.

Diagnosticada com Alzheimer aos 73 anos, Nilva De Lourdes Aguzzoli — ou Vovó Nilva, como ficou conhecida — conquistou milhares de seguidores no Facebook ao compartilhar sua experiência com a doença ao lado do neto, o estudante Fernando Aguzzoli. Em janeiro de 2013, o rapaz de 22 anos decidiu trancar a faculdade de Filosofia, largar o emprego e abrir mãos das festas para se dedicar 24 horas por dia àquela que, durante duas décadas, havia cuidado dele. Oito meses depois, as lições aprendidas e as experiências acumuladas o inspiraram a criar uma página na rede social. No espaço, diálogos do jovem e da avó narraram as aventuras de viver no universo de uma doença incurável — sem (quase) nunca perder o bom humor. Acumularam mais de 8 mil seguidores Brasil afora e se tornaram exemplos de como lidar com o Alzheimer com os pés no chão, mas sem sucumbir à tristeza. A página de sucesso na internet agora virou livro. 

Clique aqui para ver a página da Vovó Nilva

A terapia do amor

Os constantes enjoos e tonturas sentidos por dona Nilva foram os primeiros sinais de que algo não estava bem. Morando sozinha, ela sempre teve uma vida independente. Mãe solteira, trabalhou desde pequena para sustentar a casa. Ela atribuiu o mal-estar à confusão que fazia com a medicação para pressão alta. Em pouco tempo, os esquecimentos, as mudanças de humor e as dificuldades foram se tornando tão frequentes que passou a viver sob os cuidados da filha, a artesã Rose Marie, 55 anos, do genro, e principalmente do neto Fernando. Uma investigação do problema revelou que tinha Alzheimer.

Quando a matriarca completava o sexto ano desde o diagnóstico, o neto decidiu se dedicar exclusivamente a ela. Iniciou uma "viagem sem volta", como designou, que mudaria sua vida:

— Passei a dar banho nela, a cantar para a vó dormir e a levá-la ao banheiro. Às vezes, durante a noite, tinha que acalmá-la e explicar que não havia nenhum monstro em baixo do travesseiro.

Fernando passou a pesquisar e aprender sobre o Alzheimer. Ao constatar que era normalmente abordado sob um viés negativo e que um tratamento adequado poderia ajudar a retardar a evolução do quadro, decidiu compartilhar os aprendizados com quem também convive com a doença:

— Cuidar um parente que tem Alzheimer é muito difícil, mas decidi que não queria me tornar um jovem amargurado com a vida, nem deixar toda a família adoecer junto com a vó. Tentamos sempre, eu e ela, encarar as situações com alegria e carinho...

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Beijinhos com carinho e abraço meiguinho,
Patricia

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